O digital não vai matar o off-line, o digital vai reinventá-lo
- Agência X10
- 20 de mar. de 2017
- 3 min de leitura
Recentemente, um executivo que está migrando seus investimentos para o online me perguntou se o off-line morreu e se agora é só o digital que importa.
Respondi que o digital está mais e mais importante, que tudo começa no digital, mas que os dois mundos dialogam. É o digital que vai fazer as coisas acontecerem no off-line pois o oceano do digital deságua no off-line.
Mas o off-line, o tete a tete, o produto físico, tudo isso continua existindo e é fundamental. Faz parte do humano interagir com outras pessoas. Faz parte do humano “ver para crer”.
Por outro lado, estamos cada vez mais digitais: pesquisando, interagindo, divertindo, comprando, jogando.O xis da questão é que o offline não vai morrer, como também, poderá se beneficiar do digital.
Mas de algo não há dúvidas: o princípio de uma nova marca, de um novo produto, precisa de ações digitais para se posicionar na mente do consumidor.

O posicionamento de uma marca é cada vez mais no digital
Al Ries, em seu polêmico livro The fall of advertising and the rise of PR, defende a tese de que uma marca para ser forte precisa primeiro começar com assessoria de imprensa (“PR”, para os mais íntimos) e só depois fazer publicidade.
Ries afirma a polêmica ideia de que a publicidade, sozinha, hoje não é capaz mais de criar marcas fortes.
Polêmicas à parte, a ideia é que o consumidor está cada vez mais exigente, possui mais informação e perdeu a credibilidade na publicidade. Em outras palavras, ele perdeu a confiança no que a própria marca fala de si mesma.
O consumidor se importa mais com o que formadores de opinião e seus conhecidos falam sobre alguma coisa. Vejamos o mais recente e retumbante sucesso do marketing, tanto do ponto de vista do produto quanto do marketing: Pokémon Go.
Pokémon Go é um verdadeiro case de sucesso do digital que reinventa o off-line

Pokémon Go é um verdadeiro caso de sucesso em PR. Vejamos 3 dos seus principais fatores de sucesso:
Antes de tudo, o produto é excelente para o que se propõe e tem grande público, o que é fundamental;
começou em poucos lugares e foi expandindo, o que gerou buzz e grande expectativa;
todas as mídias, das mais tradicionais às sociais, passando pelos mecanismos de busca, tinham grande volume de informação, engajamento e interesse sobre o game.
Não a toa, Pokémon Go já atingiu cem milhões e, que eu saiba, não fez nenhuma ação de advertising.
E caso tenha feito ou venha a fazer, estará amplamente amparada no que os jornais, blogs, redes sociais e mecanismos de busca têm falado sobre o game.
O digital não vai matar o analógico, vai tomá-lo por completo
Por fim, Pokémon Go subverte um pouco a ordem de tudo. Ele não é como um Angry Birds ou um infoproduto, que são totalmente digitais. Nem é algo que começa no digital e termina em algo físico.
O Pokémon Go torna o off-line e a localização real do jogador partes essenciais da brincadeira: é preciso ir às ruas para jogar, é preciso se movimentar.
Alguém se arrisca a dizer se o Pokémon acontece mais no digital ou no off-line?
O Pokémon Go é emblemático porque talvez seja o primeiro caso em que é completamente digital e completamente mundo físico. Uma união como nunca se viu, ainda mais considerando sua capacidade de gerar tantos fãs em tão pouco tempo.
Esse é o futuro das marcas: fazer muito PR e conseguirem ser, ao mesmo, tempo digital e off-line para seus clientes.
Comece no digital, reinvente a vida do seu cliente e seus clientes amarão a sua marca.
Via Conversion
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